Casa do Moleiro

Entrada

Assim designada, por pretender mostrar uma habitação rural e ficar anexa ao edifício da azenha foi construída no espaço de umas pocilgas, onde se alimentavam porcos com as sobras do cereal moído na azenha e com os legumes produzidos nos campos adjacentes. Inaugurada e aberta ao público a 26 de abril de 2009, com a presença dos três últimos moleiros, a quem prestámos uma pequena homenagem, tem sido alvo de muitas visitas.

Com mobiliário, peças e utensílios que documentam a vida quotidiana (doméstica e de trabalho agrícola, entre outros) funciona como espaço museológico que retrata uma habitação dos anos 40/50.

A visita

Cozinha

Entre pelo grande portão e dirija-se à entrada principal da casa (a casa de fora) e interaja com o espaço, fruindo nele com as suas recordações ou bebendo a história nele contida.

Passe depois ao quarto e aprecie sobre o colchão de “carpelas” a camisa de noite do homem e da esposa, ao lado o berço, o lavatório ao fundo, o bacio a espreitar debaixo da cama, as ventosas sobre a cómoda…

Entre na cozinha onde encontra as panelas de fundo remendado, os pratos “gateados”, a candeia de azeite…enfim, um rol de utensílios que nos levam para uma época não muito dilatada em anos, mas muito distante nos usos e costumes. Aqui temos o forno onde podemos cozer 8 pães médios de cada vez.

A cozedura do pão

Alguns grupos acordaram connosco essa experiência de cozer o pão, que nem sempre é possível, pois trabalhamos com voluntários. De uma dessas cozeduras, elaborámos um vídeo que passamos aos alunos das escolas que nos visitam. Ficam assim a saber mais sobre o amassar e cozer do pão, e apreciam com outro olhar o que veem em redor. Metem a mão no saco do grão e aprendem a identificar o trigo, o milho e o centeio, associando-os às respetivas farinhas ali ao lado, e ao pão que conhecem ou que normalmente comem.

Tender o pão

Há ainda os alguidares da massa, as peneiras, os sacos de trigo, milho e centeio, que se encontram num alpendre que serve de apoio à cozinha e que desejamos, venha a ser um dia, uma verdadeira “cozinha do forno”, com pão sempre quentinho a sair.

A adega

Ao sair da casa do moleiro, vê à sua esquerda a porta da adega. Com cuidado desça a rampa, não sem antes olhar à direita e apreciar alguns meios de transporte: o carro de mão, a padiola, as cangalhas e a carroça para o burro…

Por cima da sua cabeça, bem dependuradas, as outras cestas e cabazes para levar a comida aos homens do campo, para ir às compras ou, para uma ou outra vez transportar o farnel numa viagem.

Adega

No espaço seguinte, descubra a banca e ferramentas do sapateiro, bem como os sapatinhos com “brochas”; a mala e utensílios do castrador de porcos, com o respetivo Diploma; alfaias agrícolas diversas (tesouras da poda e da vindima, crivos, tropilha), instrumentos de medida de peso e de líquidos; tulhas e arcas para arrumação de cereais; entre outros. Não deixe de ler alguns documentos de compra (de adubos e de rações), bem como de venda de vinho e trigo, entre outros registos de pagamentos da época. Na última divisão, o espaço dedicado ao vinho: o lagar, os depósitos, a bomba, os barris, os garrafões e até o “pesa-mosto” para medir o grau.

Conclusão:

Temos muito prazer em receber-vos. Visite e recorde, se for o caso. Dê a conhecer aos mais novos as vivências que de outra forma não conseguiriam percecionar

Quarto